Muito se ouve e se lê sobre inteligência competitiva, mas nem sempre há um correto entendimento sobre o tema.
Já me questionaram se o termo não seria muito “marketeiro”, no sentido de querer “se vender”, ou até mesmo ofensivo, no sentido de expressar que quem não utiliza suas técnicas ou não conhece o assunto, não seria inteligente.
Para tentar esclarecer um pouquinho, recorro à origem dos dois termos. O termo “inteligência” vem da inteligência militar, originada nas guerras e posteriormente aprimorada pelos Estados, com a ideia de que, após a coleta de diversos dados é necessário realizar uma análise ou uma interpretação, que por ser semântica, não pode ser automática e remete ao raciocínio humano (pelo menos até a web 3.0).
Já o termo “competitiva”, apesar de ser interpretado como o objetivo de se eliminar a concorrência, tem sua origem na chamada Escola de Estratégia de Posicionamento, que defende que as empresas precisam ter alguma vantagem competitiva sobre as outras, para competir e se manter em um mercado. Ou seja, a empresa precisa estar apta a se manter na competição, mas não necessariamente ser a única a competir.
Desta forma, o que a inteligência competitiva pretende não é destruir os concorrentes porque é inteligente; mas monitorar e interpretar o ambiente, para permitir à empresa tomar decisões mais embasadas, seguras e alinhadas à realidade deste ambiente, para se manter competitiva.